quarta-feira, 2 de abril de 2008

Campanha Salarial

Continua fervendo o clima de negociação em vários Estados sobre o reajuste salarial dos Policias Militares e Civis. Ontem, 01 de abril, os Delegados de Polícia e os Policiais Militares da Paraíba aderiram a greve deflagrada pelos Policiais Civis na semana passada, agora eles prometem só retornar ao trabalho quando tiverem seus pleitos atendidos pelo Governo do Estado.

Na Bahia houve um arrefecimento no movimento, com a aprovação da lei nº 17.111/08, que concedeu reajuste aos servidores públicos, no entanto, segundo o presidente da Associação dos Oficiais da Polícia Militar da Bahia, o reajuste proposto não atende as pretensões da categoria.

Leia abaixo a carta enviada pelo presidente da Associação Força Invicta aos associados:

02 de Abril de 2008

Senhoras e Senhores associados, na noite do dia 01 de abril, o governo aprovou, na integra, o projeto de lei que regulamenta o aumento dos servidores públicos estaduais, aí estamos inclusos. Perdemos algumas batalhas, pois não conseguimos aprovar as emendas apresentadas pelo Deputado Capitão Tadeu Fernandes, que, para se fazer justiça, fez tudo o que pode para mudar o projeto apresentado pelo governo, e, inclusive, votou contra o referido projeto. Diante da aprovação, por maioria, decidimos, momentaneamente, recuar das nossas posições em relação ao referido projeto, pois qualquer tipo de radicalização só traria prejuízos para a sociedade baiana, demasiadamente abalada com a escalada da violência em nosso Estado. Muitas vezes na estratégia militar, quando a derrota em uma batalha é irreversível, deve-se recuar, com o intuito de reorganizar as forças, rever as posições, fortalecer a tropa, e, por fim, avançar para uma nova peleja. Para nós, Oficiais, as perdas, apesar de significativas, não causaram tantos prejuízos. Porém, temos o dever de lutar por toda a nossa instituição, que saiu fragilizada neste processo de reajuste salarial. Esperamos que o Governo, após demonstrar, legitimamente, a sua força, entenda que o caminho é a negociação e, que, entenda que medir forças com a Polícia Militar só trará prejuízos para a nossa sociedade. Reconhecemos a autoridade do nosso governante, não temos a intenção de desafiá-lo, pois contribuímos para a sua eleição, e devemos a ele respeito. Porém, aprendemos em nosso regulamento que a tropa é o espelho do seu comandante, e, se o nosso comandante maior, não priorizar o diálogo, não nos restará a opção de adotar a mesma conduta. Sei que será difícil dizer aos nossos companheiros praças que devemos manter a expectativa do diálogo e da negociação, pois eles tiveram as maiores perdas, porém precisamos manter a esperança que este governo, eleito por nós, cumprirá com as suas promessas de melhorias para a nossa categoria. Continuamos vigilantes, dispostos a negociar, a dialogar, até o último instante, contudo, permaneceremos mobilizados e atentos.

Atenciosamente,

Silvio Correia - MAJ PM

Presidente da Força Invicta

Em Alagoas as negociações continuam. Mas, a Polícia Civil e os Agentes Penitenciários continuam de braços cruzados. Enquanto isso, no Rio de Janeiro a luta continua intensa com farpas de lado a lado. Pelo visto, só em Pernambuco a Policia continua em mar de Almirante. Pois, nada se fala nada se discute, embora seja hoje a segunda pior Polícia mal paga do País.

Leia a matéria divulgada ontem no Jornal O Norte Online - Paraíba:

Salário e condições de trabalho

Passeata marca unificação da greve de policiais militares e civis

Terça, 01 de Abril de 2008 17h37

Policiais civis, militares e delegados da Paraíba marcaram durante uma passeata nesta terça-feira, dia 1º, o início de uma greve unificada. Cerca de 20 ônibus trouxeram tropas do interior para integrar a passeata e dar força ao movimento.

A concentração aconteceu na Praça João Pessoa, onde os policiais estão acampados desde esta segunda-feira (31), e depois seguiu até o anel interno da Lagoa, passando pelas ruas da cidade baixa até chegar em frente ao Palácio do Governo.

“A idéia de unificar o movimento é para ganharmos um poder de força maior e assim conseguirmos melhores propostas do Governo”, afirmou Cabo Santos, do Comando de Greve da Polícia Militar. As três categorias já fecharam acordo para só abandonar o movimento quando todos obtiverem os ganhos necessários à volta do trabalho.

Para eles a contraproposta apresentada pelo Governo do Estado não foi satisfatória. “Eles apresentaram um reajuste de 4,45% agora em abril e 4,56 em setembro, percentuais muito abaixo do reivindicado pela categoria”, afirma o presidente do Sindicato dos Delegados de Polícia Civil do Estado da Paraíba (Sindpol), Isaias Olegário.

Além de salários mais dignos, os policiais e delegados reivindicam melhores condições de trabalho na Paraíba.

Fonte: Da Redação



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